segunda-feira, 2 de maio de 2011

A Morte de Osama Bin Laden


Com a (inesperada) morte de Bin Laden, os Estados Unidos encerraram um capítulo da denominada Guerra ao Terrorismo. Mas receia-se que não o livro desta guerra assimétrica.
O futuro da Al-Qaeda está em suspenso, mas não é certo qual o destino de uma organização que se foi tornando cada vez mais desprovida de centro, com as suas ramificações locais, na Europa, Ásia e África, a actuarem como entidades na prática independentes. Enquanto fonte de inspiração, a Al-Qaeda era um símbolo que servia uma miríade de grupos com causas locais mas identificados com a ideologia pan-islamista veiculada pela Base.
Talvez o futuro da Al-Qaeda não seja determinado pelo teatro de guerra do Afeganistão, e extensões em território paquistanês, mas sim pela vaga de transformações sociais e políticas que assola como um espectro o mundo árabe. Se a Primavera Árabe florescer, então sim, será o fim da Al-Qaeda e seus émulos.

Um comentário:

  1. Olá Marvão,
    Sucinta e muito acertiva a tua análise (pasmai..., um elogio!). No entanto penso que as ramificações continuarão quer no afeganistão quer no paquistão e, pior que isso, a primavera árabe já está manchada com um inverno líbio muito tempestuoso. Não tem pés nem cabeça a "revolução" que ali está a ocorrer e nem se antevê o fim nem, ainda que matem o kadafi, maneira de resolver as incompatibilidades e desavenças latentes nas tribos da região. Não me entendas defensor do kadafi que nunca fui, mas afrontá-lo assim não é solução - está como peixe na água.
    1 abraço

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