Ao
mesmo rio vieram, compelidos pela sede, o lobo e o cordeiro.
O
lobo estava mais acima e o cordeiro bem mais abaixo. Então o predador,
incitado por sua goela maldosa, encontrou motivo de rixa: “Estou a beber e tu
poluis a água!”.
O
lanoso, tímido, responde:
“Como
posso fazer isso de que te queixas, ó lobo? De ti para a minha garganta é que o
liquido corre”.
Repelido
pela força da verdade, ele replicou:
“Cerca
de seis meses atrás, falaste mal de mim”.
O
cordeiro retruca: “Eu? Então eu sequer era nascido…”.
-
Por Hércules!, teu pai é que me destratou!
Em
seguida, dilacera a presa, dando-lhe morte injusta.
Escrevi
esta fábula por causa daqueles indivíduos que oprimem os inocentes por razões
fictícias.
Fedro
Caríssimo Marvão,
ResponderExcluirEu bem tento arranjar assunto para comentar que se relacione com os teus posts, mas não tá fácil...
Esta fábula da opressão de inocentes não sei se é dirigida à das dores ou se mais ampla: tendo para a segunda hipótese que a dita julgo não merecer nem a menção que aqui lhe fiz.
Quanto à fábula, sendo pertinente, ou audaz, ou incisiva, ou lá o que quiseres, descontextualizada como está, não sei que te diga.
PS: que a ideologia vermelha está desértica, subsistindo não mais que algumas plantas espinhosas e aves necrófagas, acho que é senso comum. Que tal colorires um bocadinho as ideias?
Sempre a considerá-lo,
Fausto
Olá Fausto,
ResponderExcluirEu sei que isto anda um bocado obscuro, não está fácil a vida para os comentadores ;)
PS. Não há "dores", apenas estados de alma.
Abraço,
Luís Marvão