quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O Lobo e o Cordeiro. Da opressão e da inocência

 Ao mesmo rio vieram, compelidos pela sede, o lobo e o cordeiro.

O lobo estava mais acima e o cordeiro bem mais abaixo. Então o predador, incitado por sua goela maldosa, encontrou motivo de rixa: “Estou a beber e tu poluis a água!”.

O lanoso, tímido, responde:
“Como posso fazer isso de que te queixas, ó lobo? De ti para a minha garganta é que o liquido corre”.

Repelido pela força da verdade, ele replicou:
“Cerca de seis meses atrás, falaste mal de mim”.

O cordeiro retruca: “Eu? Então eu sequer era nascido…”.
- Por Hércules!, teu pai é que me destratou!

Em seguida, dilacera a presa, dando-lhe morte injusta.
 
Escrevi esta fábula por causa daqueles indivíduos que oprimem os inocentes por razões fictícias.

Fedro

2 comentários:

  1. Caríssimo Marvão,

    Eu bem tento arranjar assunto para comentar que se relacione com os teus posts, mas não tá fácil...

    Esta fábula da opressão de inocentes não sei se é dirigida à das dores ou se mais ampla: tendo para a segunda hipótese que a dita julgo não merecer nem a menção que aqui lhe fiz.

    Quanto à fábula, sendo pertinente, ou audaz, ou incisiva, ou lá o que quiseres, descontextualizada como está, não sei que te diga.

    PS: que a ideologia vermelha está desértica, subsistindo não mais que algumas plantas espinhosas e aves necrófagas, acho que é senso comum. Que tal colorires um bocadinho as ideias?

    Sempre a considerá-lo,
    Fausto

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  2. Olá Fausto,

    Eu sei que isto anda um bocado obscuro, não está fácil a vida para os comentadores ;)


    PS. Não há "dores", apenas estados de alma.

    Abraço,
    Luís Marvão

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