quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Vitória de Obama

Foi uma dura batalha esta eleição presidencial, com a vitória de Barack Hussein Obama a ser obtida por escassa margem. Nos Estados decisivos, que há muito são o fiel da balança em eleições presidenciais, casos do Ohio ou da Virgínia, somente dois a três pontos percentuais separaram o vencedor do candidato derrotado. E Barack Obama venceu todas estas batalhas (só a Flórida aguarda ainda o veredicto). Resultado, vantagem clara no número de grandes eleitores e a maioria do voto popular (não é de somenos sublinhar este facto, não obstante se tratar de uma eleição indirecta em que o colégio eleitoral designa o Presidente).
Obama desiludiu muitos nestes quatro anos do primeiro mandato. Muitos esperavam tanto desta presidência, mas as circunstâncias eram assaz adversas. Diríamos, terríveis, pois estávamos, e ainda estamos, no meio da pior crise económica desde a Grande Depressão dos anos trinta. Mas imaginem o que poderiam ter sido esses anos com um presidente republicano? Os efeitos da crise, acreditem, teriam sido ainda mais devastadores, não fora a acção do presidente agora reeleito. Exemplos? Sem a política de estímulos económicos à indústria, em particular à automóvel, o desemprego teria sido certamente maior. Obama recusou a austeridade ancorada em ortodoxias infelizmente tão em voga na Europa, e orientou-se para o crescimento e o emprego.
Mais importante, conseguiu aprovar, apesar da dura oposição dos republicanos, a reforma da saúde, passo decisivo rumo a um sistema de cobertura universal. E não hesitou em apoiar os movimentos da Primavera Árabe.
Fosse Barack Obama um político cinzento desses que povoam as nossas televisões, e teria sido arrastado na tormenta económica. Não há memória, desde Franklin D. Roosevelt, de um presidente ter sido reeleito havendo tantos americanos desempregados. É um feito que não está ao alcance de muitos.

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