Foi uma dura batalha esta eleição
presidencial, com a vitória de Barack Hussein Obama a ser obtida por escassa
margem. Nos Estados decisivos, que há muito são o fiel da balança em eleições presidenciais,
casos do Ohio ou da Virgínia, somente dois a três pontos percentuais separaram o vencedor do candidato derrotado. E Barack Obama venceu todas estas
batalhas (só a Flórida aguarda ainda o veredicto). Resultado, vantagem clara no
número de grandes eleitores e a
maioria do voto popular (não é de somenos sublinhar este facto, não obstante
se tratar de uma eleição indirecta em que o colégio eleitoral designa o
Presidente).
Obama desiludiu muitos nestes quatro
anos do primeiro mandato. Muitos esperavam tanto desta presidência, mas as
circunstâncias eram assaz adversas. Diríamos, terríveis, pois estávamos, e
ainda estamos, no meio da pior crise económica desde a Grande Depressão dos
anos trinta. Mas imaginem o que poderiam ter sido esses anos com um presidente
republicano? Os efeitos da crise, acreditem, teriam sido ainda mais devastadores,
não fora a acção do presidente agora reeleito. Exemplos? Sem a política de
estímulos económicos à indústria, em particular à automóvel, o desemprego teria
sido certamente maior. Obama recusou a austeridade ancorada em ortodoxias infelizmente
tão em voga na Europa, e orientou-se para o crescimento e o emprego.
Mais importante, conseguiu aprovar,
apesar da dura oposição dos republicanos, a reforma da saúde, passo decisivo rumo
a um sistema de cobertura universal. E não hesitou em apoiar os movimentos da
Primavera Árabe.
Fosse Barack Obama um político
cinzento desses que povoam as nossas televisões, e teria sido arrastado na
tormenta económica. Não há memória, desde Franklin D. Roosevelt, de um
presidente ter sido reeleito havendo tantos americanos desempregados. É um
feito que não está ao alcance de muitos.
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