O estrutural anda na boca do mundo. É grelha de leitura da realidade e receita para o nosso presente de crise.
Se há desemprego, é porque temos um problema estrutural. Se não crescemos, é porque teimamos em não fazer as "reformas estruturais", a nossa poção mágica, dizem-nos hordas de comentadores e de especialistas.
Expressões tais como "desemprego estrutural" ou "reformas estruturais" são o fetiche do nosso tempo. Um tempo de falência e depressão.
Melhor, talvez,deixar de escutar os doutores em finança e economia e voltar aos livros do Asterix.
PS. Oculta no fetiche, jaz a ideologia: desempregados? Não passam de reformas estruturais; desvalorização interna (em novilíngua, baixa dos salários) e privatizações? Eis a quinta-essência das reformas estruturais! Sem elas, somos só preguiça e ineficiência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário