O registo é indie mas não prisioneiro de um género ou estética. Pelo contrário, a câmara é livre. Nervosa e livre.
A história gira em torno de um pai e dos seus dois filhos. O pai, diríamos, vai de asneira em asneira até à vitória final. Negligente em muitas coisas, mas não no plano dos afectos.
O caos é indissociável de Lenny, o pai, algo que os realizadores, os irmãos Josh e Benny Safdie, souberam transmitir visceralmente. Através do ritmo da câmara.
O filme vai beber à infância dos realizadores, que o dedicam ao pai. A um pai certamente não muito diferente deste que percorre a tela.
Vão-me buscar alecrim é a um tempo inteligente e emotivo. E troca as voltas ao politicamente correcto. Deliciosamente.
PS. Um dos miúdos que contracenam no filme é filho do músico dos Sonic Youth, Lee Ranaldo.
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